Foi meio que filhadaputamente
estranho te encontrar hoje justo na fila de estreia do novo filme do Tom Hanks.
Quer dizer, não foi sobrenatural, né, ele é seu ator favorito também, eu lembro
bem. Lembro bem que a primeira vez que você viu Náufrago foi comigo. Lembro até
que suas meias estavam descombinadas quando você tirou os tênis para
deitar no sofá.
Enfim, foi estranho, mas foi bom
te ver. Meio que me acostumei a não te ver de jeito nenhum. Nossa cidade é
grande, a gente acabou conseguindo se evitar meio que sem querer (querendo).
Isso tornou as coisas mais fáceis, sabe, no começo. Ou no fim. Depois do fim, e
no novo começo. Você sabe. Mas agora é só estranho te ver. É como se fosse ver
uma celebridade da qual você não gosta muito; você vai lá e cumprimenta porque é
legal, mas não se sente feliz com isso.
O filme é bom pra caralho, né?
Meu coração tá ainda mais sobrecarregado com o tanto de amor que tenho pelo Tom
Hanks, meu deus. Acho que tô fugindo do assunto. Ou estou só sendo madura e
tendo uma conversa cordial com alguém com quem eu já fui um “nós” e esse “nós”
acabou em merda. Maturidade.
Concluindo, foi bom e estranho te
ver. Acho até que devíamos ser amigos. Vamos marcar uma coisa outro dia. Um
café, um sorvete, um almoço. Quem sabe próxima semana. Ou, melhor, próximo mês.
Talvez próximo ano.
Próxima vida, quem sabe.
O pior é que essas merdas acontecem, mesmo. Não basta ver assim, de longe. A pessoa chega perto, você troca olhares, mas palavra nenhuma sai. É osso, viu?
ResponderExcluirNossa, muito ruim quando isso acontece... Ou talvez não, vai que existe algo numa próxima semana? Mas acho que na maioria das vezes fica pra próxima vida mesmo...
ResponderExcluirGostei daqui, vou voltar!
Beijos.